No finzinho do século XX, o Chico andava a pé nesse cerrado no meio dos homens de cinema amazônico e dos homens de cinema americano. Sempre foi obstinado esse Festival. Quando os homens de comunicação do Tocantins estavam na sua primeira geração, o Chico já estava lá, rodeando os bancos da Academia. É que o cinema-matuto não se agüentava parado: tinha que rodar os curtas pra que a bitola no ombro não judiasse.
E desde 99, os curtas rodam e o povo vota. É verdade que não houve sessão aqui ou acolá: pois teve ano em que chovia demais e teve ano em que chovia de menos. Rodar pelo cinema-cerrado é contar com 50% de chuva e 50% de seca: mas a gente nunca sabe direito quando termina uma e começa a outra. Nos tempos de chuva o que mais tem é santo. Nos tempos de seca… o que mais tem é promessa.
Um trajeto de nove edições foi rodado por esse Chico e foi muita gente que o abrigou em cada edição. Era um serviço aqui, um apoio ali, um prêmio acolá. Homens de produção, homens de agência, homens de veículos, homens de negócios. Bom seria se em vez de uma bitola, o nosso Chico carregasse um smartphone.
Porque andar pra frente é menos furtivo quando se guarda com cuidado o que se andou pra trás. Em 2011, o Festival Chico completa dez anos de rodagem, isto é, dez edições. Mais que um evento, o Chico é um patrimônio da produção cultural do Tocantins. Preservar a sua memória e resguardar a sua continuidade é um dever de todo agente do audiovisual tocantino e um direito de todo cidadão do Tocantins. Independente dos formatos e arranjos, dos temas e espaços, o nosso Chico está caminhando e cantando. E seguindo a projeção.
SEXTA 24, 20 h - LANÇAMENTO CHICO 2010 – USINA ARTE VIVA
(108 sul, atrás Academia Tubarão)
bem legal o festival chico
ResponderExcluirvou ate produzir videos para poder participar
ja vou ate pensar no roteiro